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2-3-2023
O primeiro-ministro, ministros e vários secretários de Estado participam, esta quarta e quinta-feira, em mais de 60 iniciativas no distrito de Faro. É a segunda edição do Governo Mais Próximo, que passou, também, por Olhão.
A iniciativa, que pretende reforçar a coesão territorial, contempla visitas a projetos marcantes, ações associadas à implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no distrito de Faro e reuniões de trabalho, onde o executivo aposta no diálogo e procura dar resposta aos desafios da região.
Foi o caso das ações que decorreram em Olhão. Primeiro-ministro e ministras da Presidência, Agricultura e Alimentação, e Coesão Territorial estiveram na cidade para apresentar o Programa Operacional Mar 2030 e o estudo prévio do Metrobus.
Durante a manhã, e junto à ria Formosa, foram apresentadas as linhas mestras do que vai ser o Programa Operacional Mar 2030, que vai contar com uma dotação financeira total para 2021-2027 de 539,9 milhões de euros.
Na ocasião, António Miguel Pina, o anfitrião e presidente da autarquia olhanense, aproveitou para sublinhar a ligação ao mar e às atividades consigo relacionadas que Olhão tem, ligação essa que «se tem sabido modernizar, para que o concelho se constitua, hoje em dia, como um cluster de economia azul, para o qual contribuem, não só a pesca tradicional, como a aquicultura, ou a fileira ligada à investigação e desenvolvimento».
O autarca lembrou o papel fundamental que desempenharam as verbas do agora extinto Mar 2020 nesta modernização e desenvolvimento, para sublinhar que «é com grande expetativa que encaramos o seu sucessor, que será, porventura, a última oportunidade em termos de fundos comunitários com esta expressão».
Uma oportunidade que, para António Miguel Pina, deve ser agarrada com ambas as mãos, para que a economia ligada ao mar continue a ser predominante no concelho.
A sessão de apresentação do Programa Operacional Mar 2030 contou com a presença das ministras da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes.
Durante a tarde, Olhão recebeu António Costa, primeiro-ministro, e Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, para a apresentação do estudo prévio do Metrobus, o metro de superfície que vai ligar os concelhos de Olhão, Faro e Loulé.
Numa sessão que decorreu nos terrenos da antiga Litografia, onde irão nascer os 300 fogos da segunda fase da criação de habitação a custos controlados no concelho de Olhão, António Miguel Pina apontou a mobilidade como uma das maiores necessidades da região, acrescentando que «pensar uma cidade e pensar a qualidade de vida das pessoas que nela vivem passa por três pilares fundamentais: a disponibilidade de habitação a custos razoáveis, e daí a nossa aposta nestes projetos de habitação a custos controlados, a criação de emprego e, finalmente, a mobilidade».
Nesse sentido, acrescentou o autarca, «o projeto do metro de superfície a ligar estes três concelhos é verdadeiramente fundamental, e pode vir a ser determinante para a mobilidade, não só a nível local, como de todo o Algarve».
Um projeto que António Costa quer ver realizado dentro do prazo de execução do Portugal 2030 e que «terá a capacidade de potenciar a base económica de toda a região».
De acordo com o estudo prévio, o metro de superfície terá 38 quilómetros de extensão e 24 paragens, servindo cerca de 185 mil residentes nos três concelhos (40% da população algarvia).
A futura linha irá passar por três estações ferroviárias (Parque das Cidades, Bom João e Olhão) e equipamentos e serviços fundamentais, como o Aeroporto Gago Coutinho, o polo das Gambelas da Universidade do Algarve, ou o futuro Hospital Central do Algarve.
As estimativas apontam para que venham a ser feitas cerca de 40 mil viagens por dia.
O Governo Mais Próximo Faro 2023 termina esta quinta-feira. O ponto alto da agenda do dia é a reunião descentralizada do Conselho de Ministros.
Foto: Diário Imobiliário
Estrela Do Amanhecer
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