22-1-2024
Os jornalistas reunidos no Congresso de Jornalistas aprovaram ontem, no dia 21 de Janeiro, por unanimidade, uma greve geral e mandataram o Sindicato dos Jornalistas para definir a data da paralisação.
A moção que propunha a greve geral foi aprovada nos momentos finais do Congresso do Jornalismo, tendo os congressistas aclamado e aplaudido a decisão da greve geral.
Os problemas do grupo Global Media (trabalhadores continuam com ordenados em atraso e há ameaça de despedimento coletivo até 200 pessoas) dominaram muitas das atenções do congresso, num momento de crise do jornalismo em que são transversais as más condições laborais e há a crise do modelo de financiamento dos órgãos jornalísticos.
O 5.º Congresso dos Jornalistas decorreu desde quinta-feira, 18 de Janeiro, até ontem 21, em Lisboa (no Cinema São Jorge) com quase 800 congressistas, entre jornalistas e estudantes.
A última greve geral de jornalistas foi em 1982, disse o presidente do Congresso dos Jornalistas, Pedro Coelho.
Justamente os baixos salários, desrespeito pela profissão, eventual monopolização dos meios de comunicação e cedência a interesses que pouco podem ter a ver com o Jornalismo, foram os pontos de destaque referenciados ao longo do Congresso.
Do Congresso saiu a ideia de que se uma imprensa não é independente, e é desvalorizada, então é um risco para a Democracia.
Foram aprovadas moções para que investidores na Comunicação Social sejam obrigados a ter um registo de idoneidade e que jornalistas recebam dividendos das grandes plataformas que usam o seu trabalho.
Foto: Cátia Rodrigues
Estrela Do Amanhecer