2-2-2024
O novo edifício de saúde de Loulé, onde funcionará o primeiro Centro de Saúde Universitário, deverá estar pronto até ao final do ano.
No Dia da Cidade de Loulé visitou-se vários investimentos em curso e o percurso iniciou-se junto ao Centro de Saúde, onde decorre a obra do futuro Edifício de Serviços de Saúde de Loulé. Em «bom ritmo de trabalho», o prazo de conclusão prevê-se acontecer até ao final do ano.
O edifício terá quatro valências por dois pisos: Unidade de Cuidados para a Comunidade "Gentes de Loulé", para 70 mil utentes, as instalações do Agrupamento Central de Centro de Saúde do Algarve (ACES Central e a sede), que se mudará de Faro para Loulé, e o primeiro Centro de Saúde Universitário, em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade do Algarve. Este será um investimento de 6.2 milhões de euros, divididos em 65% a cargo da Câmara Municipal de Loulé e 35% a cargo do Ministério da Saúde.
O atual edifício será alvo de uma "requalificação profunda", a abrigo da candidatura ao PRR, no qual apoia até 800 mil euros, apesar de prever-se um investimento total de 1.2 milhões de euros financiados pelo Município.
Ao lado do Centro de Saúde, vê-se crescer a 2ª fase da Circular de Loulé, uma obra «muito aguardada», que permitirá retirar do centro da cidade o tráfego de passagem, em particular o de veículos pesados. Esta obra poderá ser acabada num ano e tem um investimento de 4.2 milhões de euros.
Esta empreitada corresponde ao prolongamento da Circular, a partir da ligação da rotunda de Querença/Ameixial na EN 396, junto ao Pavilhão, à rotunda das Barreiras Brancas na EN 270. Numa extensão de 1722 metros, os trabalhos preveem a criação de duas novas rotundas, uma que ligará a povoação das Barreiras Brancas e outra a da Pedragosa, ao centro da cidade.
Uma das novidades da via é que terá um passeio pedonal, ciclovia e arborização.
Na zona nascente da cidade, junto à Mina de Salgema, o programa de visita passou pela obra de habitação na Clona, onde já se avista a estrutura dos 64 fogos (23 T1, 28 T2 e 1 T4, bem como 2 espaços destinados ao uso comercial) que aqui irão nascer. A obra mais emblemática da Estratégia Local de Habitação do Concelho tem um valor de 11,8 milhões de euros, com um cofinanciamento de 4,2 milhões de euros (financiamento PRR de 30 fogos em regime de arrendamento apoiado). Prevê-se a sua conclusão num espaço de 15 meses.
No Bairro Municipal “Frederico Ulrich”, as 18 moradias, que aqui vão ser ampliadas nesta primeira fase, estão neste momento “despidas” já que está a ser reforçada a estrutura existente para dar resposta «às necessidades de espaço destas famílias».
O investimento ronda os 2,9 milhões de euros, também com financiamento do PRR.
Ao nível da educação, depois de ter sido inaugurada no início do presente ano letivo a Escola EB1/JI Hortas de Santo António 2, no mesmo agrupamento está a ser ampliada a Escola EB2,3 Engª Duarte Pacheco. Os trabalhos serão realizados numa área de 900 m2, em 2 blocos, e permitirão criar 8 novas salas de aula.
Por outro lado, serão criados novos espaços como uma cozinha pedagógica/formação CEF com sala de refeições, e um novo espaço para receber pais e encarregados de educação. Está ainda prevista a reformulação de arranjos exteriores da envolvente da ampliação e a implementação do sistema de produção fotovoltaica para autoconsumo na cobertura. A previsão do final da obra será este ano. O valor do investimento é de 1,6 milhões de euros e vem dar resposta ao número crescente de alunos na cidade, sendo que neste momento frequentam esta Escola 787 estudantes.
A comitiva esteve no Heliporto Municipal onde estão em fase de conclusão os trabalhos de ampliação da infraestrutura, com a criação de um novo hangar e aumento da plataforma. A obra permitirá mais do que duplicar a capacidade de aeronaves que aqui poderão ficar estacionadas, aumentando a capacidade de resposta às operações aéreas de emergência e proteção civil na região do Algarve. Haverá ainda uma nova zona administrativa que dará apoio às operações. O investimento rondou os 3,3 milhões de euros e estima-se que, no final de Março, esteja concluído.
Num balanço do atual «posicionamento estratégico da cidade», o presidente da câmara apontou as principais áreas em que o executivo se tem focado e realizado o seu trabalho. Desde logo a adaptação à mudança do clima, «um desafio com o qual todos nós estamos confrontados, em todo o mundo». A autarquia «tem agarrado este dossier» e um dos frutos é o facto de ter o primeiro Plano Municipal de Ação Climática do país. Loulé foi também pioneiro no reconhecimento da emergência climática.
O autarca destacou, entre outras iniciativas levadas a cabo neste campo que contribuem para a descarbonização, o programa “Loulé Solar”, que já permitiu instalar 2 megawatts de “energia limpa” com origem no sol, ou a criação das comunidades energéticas como a de Alte. Em termos de mobilidade suave, o concelho tem mais de 40 kms de ciclovias construídos, mas também os transportes públicos gratuitos que promovem «uma mobilidade amiga do ambiente».
A escassez de água na região é “uma realidade nova” para a qual a autarquia está atenta. O Município tem apostado particularmente no combate às perdas na rede e os dados revelam já esse esforço: em 2019, a quantidade de água não faturada rondava os 41% e, em 2023, esse número desceu para 27%. Também a “excelente performance” das empresas municipais na zona litoral faz com que o concelho já se encontre abaixo dos 20%, classificado pela ERSAR como «município bom na gestão dos recursos hídricos».
No domínio das obras públicas, o autarca deixou o reconhecimento ao «grande trabalho que tem sido feito» e que tem colocado Loulé nos lugares cimeiros do Anuário da Ordem dos Contabilistas nos últimos anos.
No concelho, em 2022 o investimento de capital rondava os 29 milhões de euros, passando para 39 milhões de euros em 2023, um aumento do valor em obras de 33%. Já no contexto da cidade, entre empreitadas concluídas em 2023 e as que estão este ano em curso, a Autarquia está a investir 47 milhões de euros.
Vítor Aleixo falou das transformações que se estão a operar na cidade no domínio da inovação e investigação científica, numa “parceria estratégica” com o ABC – Algarve Biomedical Center. É o caso do Laboratório de Genética, neste momento em construção junto ao Cemitério de Loulé, o Centro de Simulação e Cirurgia Médica, a funcionar na Rua de Betunes, ou um equipamento de ressonância magnética de última geração que em breve funcionará junto ao Centro de Saúde. Todos estes equipamentos irão futuramente ficar integrados no edifício do ABC, junto ao Estádio Municipal.
Ao nível do envelhecimento ativo, o autarca considerou ainda o Centro de Competências cujo edifício irá nascer na avenida Parque das Cidades, em Loulé, e que constituirá o «centro nevrálgico» para esta nova política governamental.
Finalmente, ao nível da cultura e de património, Vítor Aleixo recordou a grande obra feita ao longo dos últimos anos na cidade e destacou em particular a musealização dos Banhos Islâmicos e a programação de excelência do Cineteatro Louletano e o Loulé Criativo.
Passados 36 anos, a cidade de Loulé comemora o seu aniversário com uma visita aos principais investimentos em cursos que totalizam um investimento de 30 milhões de euros.
Estrela Do Amanhecer