24-1-2023
O Hospital de Faro recebeu ontem Manuel Pizarro, ministro da saúde, acompanhado por dois secretários de Estado e anunciou que vai conduzir uma equipa técnica para a construção do futuro Hospital Central do Algarve.
«Vamos constituir numa escala de semanas, não de meses, duas equipas: uma equipa técnica, que resulta da lei, que vai conduzir o projeto de concretização do concurso, e depois vamos constituir ao mesmo tempo, por opção política, uma comissão de acompanhamento em que temos a Comunidade Intermunicipal do Algarve e outras instituições», refere Manuel Pizarro, ministro da saúde.
O ministro da saúde falava do Hospital de Faro, durante a apresentação das conclusões da 1ª edição da “Saúde Aberta” em que o governante e os dois secretários de Estado visitaram 16 concelhos do Algarve.
Nas apresentações foram mostrados resultados que aconteceram no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), revelando investimentos, os números da CHUA e sobre o centro de investigação e documentação, por Ana Vargues Gomes, presidente da CA do CHUA, e foram marcadas pelo agradecimento e entusiasmo das visitas efetuadas por Ricardo Mestre, secretário de Estado da Saúde, Margarida Tavares, secretária de Estado da Promoção da Saúde e o próprio ministro.
O secretário Ricardo Mestre visitou cinco concelhos, dos quais foram Alcoutim, Castro Marim, Vila Real Santo António e Tavira.
«Receber um pouco de experiência de projetos que estão no terreno, criar proximidade das unidades móveis de saúde (…) Um conjunto de experiências muito interessantes e muito produtivos com unidades de saúde que sentem o SNS em todos estes territórios», afirma Ricardo Mestre.
Carinho, atenção e informações foram algum do recebimento para Margarida Tavares, secretária de Estado da Promoção da Saúde, que também esteve no terreno a acompanhar os concelhos de Albufeira, Loulé, São Brás de Alportel, Silves e Lagoa.
Já o ministro da Saúde teve um dia «muito entusiasmante» onde começou a sua visita em Monchique, seguiu para Aljezur, Portimão, Lagos e terminou em Faro com o debate «importante» sobre o futuro dos cuidados de saúde na região do Algarve e sobre o futuro Hospital Central do Algarve.
Ao referir sobre a nova obra, o ministro da Saúde garantiu que «não faz sentido nesta fase de processo pôr em causa a decisão tomada da localização» do futuro hospital, que seria no Parque das Cidades, situado entre as cidades de Loulé e Faro, pois «estão resolvidas os problemas de propriedade de terreno e de acessibilidades».
O Conselho de Ministros decidiu retomar à construção do novo hospital num processo de parceria público-privada, cujo a gestão continuará em domínio público.
O governante refere que o processo para a sua construção ainda não tem data para o começo, mas que vai ser um processo rápido para que o consenso não seja interrompido.
«O mais justo para as pessoas é comprometermos com aquilo que está ao nosso alcance de imediato, que será em 2023 o lançamento de um processo de concurso e que haja uma decisão em 2024 (…). É um método que garante que vamos esperar o mínimo tempo».
Com a equipa técnica «profissional» de modo a «garantir que não é falta de capacidade de resposta da administração que o concurso emperra, mas que temos condições de assegurar», para a comissão de acompanhamento serão convidadas a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) e outras instituições.
Acrescenta, ainda, que é essencial alargar a formação de profissionais de saúde, sobretudo nos médicos, necessidade de reforçar a Universidade do Algarve e o seu curso de medicina, com um trabalho continuado, para que possa haver « sucesso no futuro a médio prazo para construir o novo Hospital Central do Algarve».
Pede que « a sociedade do Algarve, novas instituições, que a comunidade algarvia, as autarquias e outras instituições façam um acompanhamento muito próximo do novo Hospital Central do Algarve, de forma a que resulte da decisão que venhamos a tomar exatamente do modelo do hospital que vai servir os algarvios, não apenas nos próximos anos, mas nas próximas décadas».
Antes das apresentações das conclusões da “Saúde Aberta”, um protesto aguardava Manuel Pizarro para reafirmar o pedido de pagamento aos radioativos em 2018, e não em 2022, e o pagamento aos enfermeiros desde 2018.
A representante do Sindicato dos Enfermeiros entreviu e comunicou um pré-aviso de greve para os dias 2 e 8 de Fevereiro e uma reunião do conselho de administração para o dia 7 do mesmo mês.
Texto | Fotos: Cátia Rodrigues
Estrela do Amanhecer