Rudy Jacket é o nome do violinista que fez parar dezenas de pessoas durante a sua atuação, pela primeira vez, no palco na Fortaleza, em Armação de Pêra.
Ano após ano, ao longo do verão, o palco de Rudy é nas ruas da vila e o sítio escolhido é o muro ao pé da zona da antiga lota. Com cada espetáculo tornou-se conhecido das pessoas que por ali passavam e deixavam a sua contribuição, seja com aplausos ou donativos monetários.
A Junta de Freguesia não ficou indiferente ao talento e fez-lhe um convite para atuar no palco da Fortaleza, com a mensagem de uma maior valorização daqueles que dão tudo nas ruas e têm o seu dom.
A noite foi passada com entusiasmo, animação, contacto entre o público e o artista, fotografias ao artista, e nem o presidente da Junta escapou a tirar uma.
O violinista veio da Alemanha para visitar pela primeira vez a vila em 1982, e desde ai começou a tocar pelas ruas. Atravessou 18 países, formou família e decidiu ficar em Portugal em 2000. Tocou numa banda, com a Marisa, com o Dani Silva, o Toneto e outros portugueses famosos, onde ainda se destacaram 21 em três anos, em Torres Vedras.
Após todas as experiências, começou a dar espetáculos sozinho. Decidiu voltar para Armação de Pêra há dois anos atrás com a ajuda de um amigo e aqui ficou até hoje.
«Sinto-me feliz pelo percurso que fiz, feliz com a minha vida. Não planifico nada, deixo tudo acontecer. Por exemplo, quando ligaram para mim de manhã com o convite e eu aceitei.», refere Rudy.
«Para mim o importante é tocar, agora onde e para quem não é importante. Como diz a publicidade da Nike just do it, é só fazer, não há hipótese», incentiva.
Fotos/Texto: Cátia Rodrigues| Estrela do Amanhecer