26-10-2023
«O Café Aliança, hoje, é mais um espaço onde as pessoas podem vir aqui e levar uma memória daquilo que nós fomos, acima de tudo aquilo que somos hoje». Um espaço icónico e histórico que reabriu no dia 9 e foi inaugurado esta quarta-feira, dia 26, com a presença de várias entidades, tais como Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, Bruno Lage, presidente da junta de freguesia da Sé, e Carlos Baía, vereador da Câmara.
Um café identitário, um dos mais antigos de Portugal, uma montra da cidade e um ponto estratégico para a baixa de Faro. O Aliança é feito de histórias e constituído por memórias gravadas nos painéis das paredes. Um café inicialmente de negócios, de alfarroba, dos frutos secos e até de peixe, para depois evoluir para um café de outra qualidade, nessa altura a elite da cidade e personalidades icónicas do país frequentavam aquele que havia de ser o ponto de encontro para o reencontro ou encontro de famílias, amigos ou conhecidos.
Muitas entidades presentes na inauguração desta quarta-feira revelaram satisfação em puderem continuar a fazer história naquele onde já se passaram pessoas de 80, de 50 ou de 20 anos em que já tiveram momentos com os seus entes queridos.
«Fico muito satisfeito, porque em 2013, quando me candidatei pela primeira vez, o Café Aliança foi tema de campanha, estava fechada há uma década. Felizmente, depois foi recuperado e só tenho que dar os parabéns ao promotor que na altura recuperou este espaço, porque está lindíssimo», refere Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro.
«Como Presidente de Junta vejo com grande satisfação a reabertura deste espaço, que seguramente é um espaço agradável e seguramente será uma mais valia para a nossa cidade», afirma Bruno Lage, presidente da Junta de Freguesia da Sé.
«Eu próprio recordo-me quando era jovem de vir com os meus pais passar ali muito tempo naquela esplanada. Um café que já não muitos no nosso pais com esta história, com esta arquitetura, com toda esta tradição bem associada e foi uma pena termos este espaço muito tempo fechado (…) É com muita satisfação que nós assistimos à reabertura, é mais um produto que nós temos para valorizar a nossa cidade», recorda-se Carlos Baís, vereador da Câmara de Faro.
Um espaço com futuro e com expetativas altas de que os farenses vão frequentar e valorizar aquele que tem um passado, que acolheu desde tertúlias a poesias, que tem um valor sentimental, que teve fechado por muito tempo, mas que agora as pessoas podem levar uma fotografia ou uma recordação da alimentação portuguesa. Espera-se, sobretudo, que o público acolha e volte, «porque se isso não acontecer vai fechar e é isso que nós não queremos».
Para aqueles que visitam a cidade, Rogério Bacalhau refere que «quem vier de fora levará também daqui uma recordação daquilo que nós somos».
Carlos Baía tem muitas expetativas em relação ao futuro do café, pois é um espaço muito bem localizado e, assim, não tem dúvidas que tem «todas as condições para vingar» e para ter muito sucesso, visto que tem uma arquitetura única, um nível de serviço elevado e vai chamar a atenção dos visitantes locais.
Em soft opening desde a sua abertura, no dia 9 deste mês, Óscar Gouveia refere que as coisas estão a correr bem e existe o passa palavra entre as pessoas. Destaca que começaram a fazer almoços aos fins de semana, que a sua equipa está preparada, mas que vai devagarinho para que tudo possa ficar adequado. Acrescenta, ainda, que o horário será das 12h00 às 00h00, e quando se justificar será até às 2h00. O encerramento para descanso continua a ser à segunda-feira.
Para saber mais ou reler sobre a história do café, consultar aqui.
Recorde ou veja o dia da inauguração na galeria abaixo.
Fotos|Texto: Cátia Rodrigues
Estrela Do Amanhecer